Situação complicada

Oi gurias! Ontem tinha escrito um texto bem detalhado, mas esqueci de salvar e acabei perdendo. Mas vou tentar contar pra vocês o que está acontecendo. Ontem o engenheiro veio aqui em casa de manhã pra pegar minha assinatura no projeto pra protocolar na prefeitura. Se não fosse pela notícia que recebi anteontem, eu estaria pulando de alegria.


Vou explicar: há umas semanas atrás, eu havia escrito que tinha dois medos. Um deles se confirmou e o outro medo está diretamente ligado ao outro. Tudo começa com a minha situação com o INSS. Falei com uma advogada no fim de abril e entramos com o processo na justiça dia 06/05. Terça a tarde, ela me ligou dizendo que minha perícia judicial ficou marcada pro dia 11/08! Só daqui a 3 meses! Esse era o medo número 1: a perícia demorar demais. O problema é que até lá não recebo nada, e não recebendo nada, não terei comprovante de renda pros meses de junho e julho. Quando o projeto na prefeitura estiver aprovado (nos deram um prazo mínimo de um mês), já poderemos encaminhar a papelada na CEF pra liberarem a obra. Até ai, beleza! Só que o problema é que a CEF pede todos os comprovantes novamente: renda, residência... E eu não vou ter o de renda dos meses de junho e julho. Daí eles vão trancar tudo! Neste caso, teríamos que esperar até agosto, quando eu voltar a receber pra encaminhar a papelada e começar a construção em setembro. E é ai que entra o medo número 2: perdermos o terreno! Quando assinamos o contrato de compra e venda, os prazos eram os seguintes: o vendedor tinha 30 dias pra passar o terreno pro nome dele, só que ele levou 50 dias, porque a incorporadora que vendeu pra ele não ia nunca no tabelionato assinar o que tinha que ser assinado. Enfim, ele atrasou o nosso lado também. E o nosso prazo é pagar o terreno pra ele em até 120 dias, só que esse prazo termina dia 09/07 e mesmo que o projeto já esteja aprovado na prefeitura, não poderemos levar na CEF porque eu não teria ainda os comprovantes de renda. Semana passada eu liguei pra imobiliária e falei que se passar do prazo do contrato o que aconteceria. A mulher falou que a gente vai lá uns dias antes de encerrar o prazo e eles fazem uma prorrogação da data pra gente pagar. Só que agora a gente vai ter que torcer pra uma coisa que eu jamais poderia sonhar: que a prefeitura demore pra aprovar nosso projeto. Isso mesmo! Se for aprovado antes da minha perícia judicial, não nos adiantará de nada, porque não poderemos encaminhar os papéis! E se o cara que nos vendeu o terreno se ligar nestes detalhes, a gente ta ferrado! Ele pode até prorrogar o contrato por mais um tempo por causa da prefeitura, mas por eu não poder comprovar minha renda, acho que ele não aceitará, e daí ele pode desfazer o negócio com a gente. Esse é o maior dos medos!!!!!

Hoje fui na imobiliária que está sendo intermediária entre nós e a CEF e falei com o cara que ta cuidando do nosso financiamento sobre a possibilidade de a gente encaminhar os papéis do terreno agora e os da construção depois. Ele disse que até poderia, mas que é mil vezes mais complicado fazer deste jeito e que pode trancar alguma coisa lá na frente. Que eles recomendam e preferem que se encaminhe tudo junto, que é menos burocrático. Mas eu nem quis falar pra ele sobre essa minha situação com o INSS, falei só sobre a aprovação demorar demais. Daí sabe o que ele me disse: “pressiona a imobiliária que te vendeu o terreno a ficar em cima da prefeitura pra aprovarem de uma vez!”. Só que é justamente o que não pode acontecer: o projeto ser aprovado agora em junho, por exemplo, e eu não ter nada pra comprovar a renda!

Então é esta nossa situação! Não desejo isso pra ninguém! É uma agonia, uma angústia terrível! Eu e o Jacques estamos sem saber o que fazer. Ele quer encaminhar a papelada do terreno agora e rezar pra que mais pra frente a CEF não tranque nada. Já eu prefiro esperar e torcer pra que de tudo certo e a gente consiga encaminhar tudo junto em agosto, mas correndo o risco de o cara desistir de nos vender o terreno. Se fosse com vocês, o que fariam? É tão agonizante pensar que o nosso sonho pode ir por água abaixo... Tem um outro detalhe muito importante que contribui para o medo: os terrenos lá perto do nosso estão muito caros, tipo 80 mil. E tem uns por 39 mil, mas são bem menores que o nosso atual. E o cara que nos vendeu falou várias vezes que colocou um valor muito barato, que ele deveria ter pedido mais (ele nos vendeu por 35 mil). Quando ele souber que queremos esticar o prazo de pagamento, corremos o risco de ele até topar esperar, mas aumentar o preço. Só que daí a gente fica sem $$$ pra obra, ai não adianta de nada, também.

A gente tem três argumentos pra rebater, caso ele queira desfazer o negócio: ele nos fez pagar o IPTU de 2010, porque segundo ele, os impostos do ano corrente são de responsabilidade do novo dono; o projeto da nossa casa foi feito especialmente pra topografia daquele terreno. Se fôssemos construir em outro, já não poderíamos aproveitar o mesmo. E a gente vendeu nosso apartamento, então estamos “sem casa” na teoria. Não temos nem lá nem cá.

Ficou um livro, eu sei. Mas eu precisava desabafar com vocês, senão eu vou pirar!! Beijos a todas e todos que passam por aqui e sempre me deixam mensagens muito carinhosas. Muito, muito obrigada...